República da Bola - Para quem só pensa naquilo

E a Eurocopa chega na reta final

por Marcelo Sabtudhovic

Depois de dois tristes dias sem poder assistir a nenhum jogo do futebol europeu, finalmente as semifinais irão começar! Contudo, antes de mais nada, gostaria de deixar claro que se meus palpites estivessem sempre certos eu jogaria na Loteria Esportiva e não os iria divulgar, ok? Eu só tento falar sobre o que cada seleção é capaz. É bem verdade que também costumo dizer quem eu acredito que se classifique, mas nem sempre dá pra acertar. Nas quartas-de-final, por exemplo, apostei nos quatro primeiros colocados na fase de grupos e errei em três jogos.

Mas voltemos para o futebol! Um grande confronto se encaminha na primeira semifinal, principalmente pela rivalidade fora de campo. A tradicionalíssima seleção alemã, tricampeã mundial e européia, enfrentará a Turquia nesta quarta-feira, em Basel, na Suíça. Os alemães fizeram um jogo espetacular contra os portugueses e, mesmo com a incrível capacidade técnica dos jogadores lusos, souberam impor seu futebol forte (e talentoso). Gostei particularmente do Ballack, que cadenciou o jogo com mais eficiência do que o Schweinsteiger. Agora, o técnico Joachim Low deve estar com uma baita interrogação na cabeça.

Já os turcos chegam com grandes problemas no elenco, e os desfalques são tantos que o terceiro goleiro foi cotado para atuar na zaga ou no ataque. A sorte que até então tem circundado os otomanos pode se retirar de campo. Mas, justiça seja feita, só sorte não vence jogo, e os turcos têm se desdobrado em matéria de empenho. Pelo que já aprontaram, podem deixar os alemães pra trás e avançar às finais do torneio, mesmo que isso contrarie todas as expectativas.

A outra semifinal trouxe um surpreendente candidato ao título. Embora a Holanda tenha se despedido de maneira honrosa do torneio, ainda sobrou o treinador holandês Guus Hiddink, sob o comando da seleção da Rússia. Desde que Andrei Arshavin voltou ao time russo, a equipe se reencontrou. Arshavin é, com certeza, o grande destaque dessa equipe.

No último post, eu disse que para vencer os holandeses a Rússia teria que jogar mais do que em qualquer outro momento de sua recente história pós-União Soviética (casa do mítico Zangief). E foi exatamente isso o que aconteceu. Impulsionados pelo talento do garoto do Zenit, esse time tem surpreendido a todos que não acreditavam em seu potencial, especialmente depois da goleada sofrida para os espanhóis logo na estréia.

E a adversária dos russos na semi-final é de novo a Espanha. Depois da classificação nos pênaltis diante dos campeões mundiais, a Espanha tem de enfrentar um de seus maiores rivais: a síndrome de náufrago. Mais do que nunca, a Fúria precisa confiar nos gols de David Villa e no talento de Cesc Fabregas (caso Aragonés resolva finalmente deixá-lo de titular). Tem tudo para ser, de fato, o melhor jogo do torneio.

Por motivos óbvios, existem grandes chances da final ser Alemanha x Espanha. No entanto, depois das “zebras” das quartas, eu é que não vou me arriscar a palpitar novamente. De qualquer maneira, com a sorte da Turquia e a vontade da Rússia, eu não me assustaria se visse uma delas em Viena no domingo. Ou, quem sabe, até mesmo as duas.

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As quatro aí do lado são as misses que (muito bem) representam cada um dos países semifinalistas da Eurocopa 2008.

No quesito mulheres bonitas, Alemanha e Espanha também são favoritas (e com leve vantagem pra latina, que é linda demais).