Quanta diferença!
por Sangue Rubro-Negro

A partida de Domingo foi sintomática dessa mudança. O time de Caio Júnior já vinha jogando com um armador de origem no meio campo, fosse Renato Augusto ou Marcinho (sim, ele veio como meia), e dois atacantes, algo inimaginável para Joel. No primeiro tempo, jogamos mais e criamos a melhores chances, mas foi no começo do segundo que uma pequena coisa realmente me assombrou. Falta para o Flamengo, três batedores perto da bola, entre eles Juan, de costas para o gol. Ao apito do juiz, eis que os outros dois saem da bola, Juan se vira e, rapidamente, manda a bola na cabeça de Obina, que só escora pra rede. Isso me pareceu uma... jogada ensaiada!!!
Meu Deus, jogada ensaiada, uma espécie que parecia em extinção na rotina do Flamengo! Rezava a lenda que Caio havia voltado a treiná-las, mas eu, mal acostumado com a pobreza de jogadas e variações táticas de outros tempos, não cheguei a acreditar. Nem precisava ter sido gol, a simples existência dessa alternativa já me deixaria feliz. Contudo, claro, não reclamei.
Com a vantagem no placar, normalmente o time recuaria, mas o Mengão continuou a atacar, e perdeu duas boas chances, com Tardelli e Leo Moura. O Sport, por jogar em casa, começou a ir com tudo pro ataque e, num chute despretensioso, o montinho artilheiro, digo Francisco Alex empatou. Méritos pro gramado sem vergonha que o Sport diz ser um campo de futebol.
A essa altura, Kléberson já havia entrado no lugar de RA. Voltando à era Joel, ele entupiria o time de volantes e zagueiros, satisfeitíssimo com o "empate fora de casa", que alguns treinadores com mentalidade pequena consideram como vitória. Em alguns casos ainda é, mas deve-se analisar jogo por jogo. O empate contra o Grêmio foi uma vitória, o de Domingo não seria. Então, para ratificar a mudança de mentalidade do Flamengo, Caio, tirou um volante, Cristian, e pôs mais um atacante, Maxi. O argentino não chegou a incendiar o jogo, aliás, nem jogou bem, mas a simples postura de time grande fez o Fla crescer de novo. O jogou ficou franco, e fomos premiados com um gol aos 48 minutos. Kléberson deu lindo passe para Juan, que esperou a bola parar de quicar e tocou pra Obina marcar seu segundo gol no jogo.
Poderíamos ter perdido, mas time que quer ser campeão tem que jogar pra vencer sempre. Viva o Caio Júnior, que trouxe de volta ao time elementos básicos, como padrão de jogo fora de casa, treinos de jogadas e fundamentos, diferente dos eternos rachões da era Joel. Somos líderes isolados, e agora enfrentaremos o Náutico no Maraca. Obrigação de vitória por jogar em casa e contra um time mais fraco. Vai ser importante pra tentar abrir uma gordurinha para alguns adversários diretos pelo título, que terão confrontos complicados.
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Algumas curtas:
1- 1- Falar que o gol o Obina foi de letra é forçar a barra.
2E 2- Essa coisa de paradinha no pênalti ta começando a virar palhaçada. Daqui a pouco vai ter gente sapateando antes de bater a cobrança.
3- 3- Dinamite no Vasco. Eu ia falar que quero que ambos se explodam, mas juro que torci por ele. Eurico fora do futebol é uma ótima notícia.
5 comentários:
E ELE ADOTOU A VÁRZEAAAA!!
Mais um querido fã da gíria mais dicionárica que existe! Os defensores da propagação da VÁRZEA agradecem =)
É um absurdo que o senhor "Sangue Rubro Negro" não tenha citado o impedimento marcado errôneamente contra o Sporte, no lance anterior ao gol do Flamengo. Tudo bem ser torcedor, apaixonado e blá, mas omitir os fatos, como diz a teórica Sylvia Moretszon, "é um crime contra a ética jornalística"! Espero que erros como esse não voltem a se repetir...
O gol do Obina realmente não foi de letra...
E essa parada de "paradinha" legal foi a chamada do globoesporte ontem: "estacionadinha"... tá foda..
Partiu maracanã, sábado, Digão? o/
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